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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Barão Geraldo - Encontro de Contra Mestres


No último dia 29 de outubro de 2012, um belo  e quente final de tarde de domingo, ocorreu em Barão Geraldo (distrito da cidade de Campinas) o encontro periódico dos Contra-Mestres do grupo de Capoeira Angola Semente do Jogo de Angola da região do estado de São Paulo.


O espaço de Casarão em Barão Geraldo abriu suas portas aos camaradas para a troca de experiências que solidificam grupo Semente na região, para tocar uma bateria e para vadiar! 

Centro Cultural Casarão

Contra Mestres: Fabio (Formigão), Ivens, Danny e Guga.


Estiveram presentes os Contra-Mestres Fabio Formigão (Zona Sul de São Paulo) e de Campinas Danny (CDHU- Pq Nova Aparecida) e os anfitriões Ivens e Guga (Barão Geraldo). Além, é claro, da comunidade de Barão Geraldo, São Paulo, Campinas e Limeira. Esse encontro marca os preparativos para a chegada do Mestre Jogo de Dentro na região.


 

A bateria pronta para começar!
A criançada!



domingo, 28 de outubro de 2012

19° DanceBatuKeira 2013

Eventos 2013

Vamos nos programar para participar da 19 º DanceBatukeira que acontecerá em janeiro de 2013 entre os dias 21 e 28.
Visite o Blog do Barracão D´Angola: www.barracaodangola.com/pt


Durante todo o mês de Janeiro você poderá conferir também: vivencia de verão da Fazenda Ouro Verde das 9:00 as 11:00 todas as manhãs (exceto domingos) e à tarde nas segundas, quartas e sextas das 18:00 hs às 20:00 hs no Barracão D´Angola com Cabello e Mestres convidados. As terças e quintas das 16:00 às 19:00 também no Barracão D´Angola aulas de Percussão e Batucada.

Anfitriões: Mestres Cabello e Tisza
Aos interessados em se acomodar nos dormitórios na Fazenda OuroVerde é preciso entrar em contato com Mestre Cabello, pois as vagas são limitadas. Por isso faça sua reserva cabello@caxixi.com



A fazenda oferece ainda, área para camping com café da manhã e almoço.

Entre as aulas você poderá desfrutar das praias e da natureza da região da Serra Grande. Se preferir também poderá se acomodar nas pousadas da região. Confira: www.serragrande.net










Preços:

Por Aula: R$20 Capoeira Angola, Percussão, batucada e oficina de instrumento
Estadia: R$30 por pessoa, por noite nos dormitórios com limite de 8 pessoas
Camping: R$20  por noite (trazer sua barraca)
Café da Manhã: R$10 - Almoço R$15 feitos diariamente na fazenda
Material pra fazer seu berimbau e caxixi: R$50




sábado, 27 de outubro de 2012

Germina 2012 - Evento com Mestre Jogo de Dentro no espaço do Contra-Mestre Danny.

Eventos 2012

Convidamos todos (Capoeiras ou apreciadores da arte) à aproveitar a presença do Mestre Jogo de Dentro em Campinas e conhecer a verdadeira Capoeira Angola. Além das atividades dos Núcleos de São Paulo (Zona Sul), da cidade de Limeira, no Parque dos Eucaliptos em Campinas e em Barão Geraldo, o Mestre vai estar no espaço do Contra-Mestre Danny. 

Vamos lá vadiar.

22, 23 e 25 de Novembro de 2012
Rua José Mendonça, 61 
CDHU Nova Aparecida - Campinas/SP





quarta-feira, 24 de outubro de 2012

10 anos de Semente em São Paulo (Zona Sul)

Eventos de 2012. 

Comemoração de 10 anos do trabalho do Grupo de Capoeira Semente do Jogo de Angola na Zona Sul de São Paulo, sobre a responsabilidade do Contra Mestre Fábio Formigão. Além da presença de capoeiras e de Contra Mestres da região sudeste do grupo no Brasil, contaremos nas festividades com a ilustre presença do Mestre Jogo de Dentro.

Aproveite!

dias: 16,17 e 18 de Novembro de 2012
local: Av. Vereador João Lucca, 41 - Zona Sul (Região de Congonhas)
          Cruzamento com a avenida Washington Luis
taxa:  50,00 reais por pessoa. 
          Inscritos até dia 10/11 terão direito à camiseta do evento.



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Vivência 2012 - C.M. Valmir (Campinas)

De volta para casa! Mestre Jogo de Dentro retorna para Campinas e ministrará oficinas junto a comunidade do Semente de Angola na região de Campinas/SP. 

Aqui, temos o convite feito pelo Contra Mestre Valmir do núcleo do Parque dos Eucaliptos.

13 e 15 de Novembro de 2012
Info: (19) 91220687  (19)33683224
Local: Condomínio Parque dos Eucaliptos
Rua Albatroz, 65 Vila Padre Manoel  da Nóbrega/Campinas/SP

Venha conferir!



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lembranças do Rio de Janeiro - 1835



Tudo aquilo que se refere à capoeira anteriormente aos grandes ícones Pastinha e Bimba está envolto de mistério. No século XIX, cidades como Rio de Janeiro e Salvador estavam repletos de escravos vindo de África e seus afrodescendentes, e o que parece, não passavam despercebidas do olhar de muitos artistas e naturalistas estrangeiros que aqui aportaram depois da chegada de D. João e a família real em 1808. Como nova sede do Império Português, alguns anos depois desse episódio, toda uma estrutura foi montada para acolher a realeza europeia em terras tropicais  Pelas mãos de D. João, foi criado o Jardim Botânico, o Banco do Brasil, por exemplo. Num outro contexto, no processo de independência e na consolidação do estado-nação brasileiro outras iniciativas foram tomadas pelo seu filho e pelo seu neto (D. Pedro I e D. Pedro II). Aqui, focaremos na fundação da litografia do Imperador.


Neste post apresentamos um desenho de Victo Barrat do Largo do Paço, uma das 12 litogravuras publicadas em 1835 no álbum Sollvellirs de Rio de Janeiro (Lembranças do Rio de Janeiro) por Johann Jacob Steinmann, a partir de desenhos de Kretschmar, de Victo Barrat e dos registros do próprio Steinmann. Infelizmente sobre o autor do desenho que vamos explorar não encontramos nada, por isso vamos comentar sobre o organizador do álbum.


Johann Jacob Steinmann (Basel, Suíça, 17 de setembro de 1800 – Basel, 20 de junho de 1844) foi contratado para atuar no Brasil, e veio para o Rio de Janeiro em 1824, como litógrafo do Imperador D. Pedro I, subordinado ao Arquivo e Academia Militar. Trabalhou durante cinco anos litografando mapas e outros impressos para o Arquivo Militar, impressora cartográfica oficial do Primeiro Império e, em 1830, estabeleceu oficina própria de cujas prensas se conhecem alguns mapas e folhas volantes de costumes e tipos populares do Rio de Janeiro.




O que nos interessa é o desenho de Victor Barrat, ou melhor, um pequeno detalhe nele, que é um indicia da prática da capoeira no início do século XIX. O que se representa no desenho é a área do Paço Imperial, prédio construído entre 1733 e 1743 e que foi residência do governador e Vice-rei durante o século XVIII e de D. João e seus descendentes (D. Pedro I e D. Pedro II) após o episódio de 1808.

Essa área reunia grande quantidade de pessoas se configurando como o centro político de todo o século XIX (Capital do Império). Passavam por ali barqueiros (a grande maioria de escravos) que transportavam pessoas e mercadorias; transporte regular de carruagens para a elite da época; o comércio de escravos também era realizado nas proximidades, na região conhecida como “Valongo”; estava presente ainda um grande contingente militar. Outro local dos arredores com grande concentração de pessoas (em sua grande maioria escravos) era o chafariz (da Junta de Comércio e do Mestre Valentim). Ali ocorriam atividades de comércio e encontro sociais. Do desenho percebe-se a presença de ambulantes e de escravos na atividade de buscar água. Além, é claro, de capoeiras como mostra o detalhe.




domingo, 14 de outubro de 2012

Semeando 2013-14

Lindo cartaz que anuncia o evento VII  Encontro Internacional de Capoeira Angola: Semeando 2013-14 promovido pelo Mestre Jogo de Dentro.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Danças do Brasil (1958) - Felícitas Barreto


Nesta postagem vamos explorar o olhar de uma dançarina sobre a Capoeira,  ou melhor,  sobre o que se dizia da Capoeira na década de 1950. Prática na qual, segunda ela, teria uma coreografia e seus movimentos são tidos como “passos”.

A Autora.

Felícitas Barreto, alemã natural de Colônia, nasceu em 1910, veio para Brasil ainda muito jovem depois do termino da Segunda Guerra Mundial, quando pai havia perdido o emprego de engenheiro industrial. A família se instalou em Niterói. Dedicou grande parte de sua a vida à dança: começou na Escola de Bailados com Maria Olenewa e Ricardo Nemanoff. Apresentou-se no Teatro Municipal, na temporada de 1943. Em 1946, cria seu Ballet Folclórico Nacional, apresentando-se no Teatro João Caetano as coreografias: Tabu, Raio de Lua, Macumba, Casamento de Zumbi, Feitiço e Yamanjá. Sendo que a última, chocou o público e teve problemas com a censura, pois dançou rodeada por negros, nua da cintura para cima. Felícitas ainda trabalho em filmes e peças de teatro. Em 1958 lança a obra Danças do Brasil.




A Obra.

Pelas mãos de Felicitas Barreto foi lançado em 1958 à primeira edição de Danças do Brasil. Parafraseando a autora, “o livro é o resumo da fabulosa riqueza coreográfica que possui o Brasil”, nele foram catalogadas inúmeras manifestações de danças, exigindo grande esforço de pesquisa, tendo que viver na floresta entre índios e viver mais próxima do povo que conheceu nas suas viagens pelo interior do Brasil. Sendo assim, na primeira parte da obra encontramos somente danças indígenas e na segunda, folclore de todo o Brasil. È ai que encontramos um tópico que nos interessa: Capoeira.
Nesta parte, a autora a capoeira foi introduzida no Brasil, no século XVI, por negros Angola e Bantus. Uma luta que usaria pouco as mãos e muito as pernas e a cabeça, o que na obra se entende como algo de grande vantagem diante dos colonizadores europeus, desacostumados nessa forma de combate. E isso, explicaria, de certa forma. as proibições da prática durante o tempo. Bem, seriam, então, os negros astutos e encontram uma solução: “disfarçaram a capoeira como antes haviam disfarçado a sua religião, colocando nas lutas de capoeiras pantomimas, mímicas e danças acompanhadas de músicas.”.Ficando assim a sua definição de Capoeira:

“ A capoeira é um combate esportivo numa dança.”

Trata assim, a capoeira como dança e, desta forma, menciona os trajes usados, os instrumentos de música, a coreografia e seus passos. Acredito que o mais interessante nesta última parte, se refere a coreografia, pois nos dá uma visão mais plástica: O “preceiro” guando os capoeiras ficam de cócoras diante do berimbau para fazerem suas rezas e pedidos de proteção contra facas e golpes; os toque do berimbau e a forma de “dançar” diante dos diferentes ritmos (São Bento grande luta ligeira, baguela jogo lento com uso de peixeira, ...); e por fim, os passos (movimentos) como raspa, rasteira, tesoura entre outros. 

Vale a pena conhecer:











sábado, 6 de outubro de 2012

Revista Realidade (1967) "É luta, é dança, é Capoeira"

Em 1967 a Revista Realidade (Ano I, número 11, Fevereiro de 1967) explorou a temática da Capoeira para seus leitores, uma linda reportagem escrita por Roberto Freire e fotos de Davi Drew Zingg. Esse conteúdo já foi explorado por nosso blog na postagem: Vicente Joaquim Ferreira Pastinha - Mestre Pastinha. (I). Agora disponibilizamos o conteúdo na integra, pois o consideramos um importante documento sobre a capoeira. 

Vale a pena ler e reler.